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O crescimento da extrema direita em Portugal e os discursos sobre família, direitos reprodutivos, identidade de género e educação.

Em Portugal tem sido predominado uma narrativa que apresenta um país caracterizado por brandos costumes, moderado e com poucas manifestações de radicalismos. A escalada dos discursos de ódio a nível nacional e internacional, a par da crescente presença de reivindicações de reconhecimento do machismo estrutural, privilégios raciais, religiosos e étnicos, incendiaram os meios de comunicação e redes sociais portugueses nos últimos anos. Neste trabalho, examinarei a consolidação destes processos e a sua relação com a entrada da extrema direita na cena política portuguesa. Pela primeira vez, em 2019, um partido de extrema-direita conseguiu eleger um deputado no parlamento que desde então tem ganho presença significativa na comunicação social e redes sociais. Nas eleições Legislativas de 2024 esse número subiu para 50. A par do discurso racista e xenófobo, as suas posições defendem o regresso à família tradicional, organizada com base numa estrutura patriarcal e profundamente conservadora no que diz respeito aos modelos de sexualidade e reprodução. Nesta comunicação farei uma análise das propostas de alteração legislativa sobre família, direitos reprodutivos e educação defendidas pelos partidos de direita em Portugal.

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