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O papel das mulheres enólogas nas adegas e no ensino da enologia em portugal

Pretende-se com a presente comunicação, dar a conhecer de que forma uma área de trabalho e de investigação até há pouco tempo fortemente genderizada (masculinizada) tem vindo a abrir-se à mulheres. Interessa-nos compreender as causas deste fenómeno.A nossa hipótese é a de que a entrada das mulheres no mundo da enologia se prende com o desaparecimento de estereótipos sociais e culturais, no que concerne à relação entre as mulheres e o vinho (embora tenhamos em Adelaide Ferreira – A Ferreirinha- ainda no séc. XIX, um exemplo de empresária na área). Atualmente o vinho deixa de estar ligado sobretudo às tascas e tabernas (locais “interditos” às mulheres, no Sul de Portugal) e, chegado a restaurantes, bares e festas académicas, é consumido por homens e por mulheres. Esta mudança de paradigma e a conquista da academia por parte das mulheres, abre novas oportunidades de trabalho e de igualdade entre sexos e géneros. A metodologia usada em termos de investigação, é essencialmente de tipo qualitativo, com recurso a consulta documental, entrevistas semiestruturadas, recolha de histórias de vida e a trabalho de campo. Realizou-se uma viagem pelas principais adegas portuguesas e identificaram-se as enólogas responsáveis por vinhos premiados e nas Escolas Superiores Agrárias, identificaram-se docentes responsáveis pelas Unidades Curriculares de enologia. Em ambos os casos as profissionais foram nossas informantes. Este é um projeto multidisciplinar, não financiado, desenvolvido no âmbito do Lab-AT.

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