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PAREDES QUE GRITAM DIVERSIDADE E RESISTÊNCIA: ETNOGRAFIA NUMA UNIVERSIDADE FEDERAL NO BRASIL

A reflexão proposta por essa comunicação se apoia em um fragmento da pesquisa de doutorado em Serviço Social em desenvolvimento na Universidade Lusíada de Lisboa (2021-2024). O estudo analisa as possíveis apropriações e contribuições do pensamento decolonial para a construção da matriz teórica do serviço social em contexto português e brasileiro. A metodologia se estrutura como um trabalho idealizado e materializado no campo da antropologia e privilegia a etnografia como ferramenta de pesquisa na perspectiva decolonial. A primeira etapa do estudo foi desenvolvida entre fevereiro e novembro de 2022 na Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (ESS-UFF). A observação participante do espaço acadêmico e as entrevistas semi estruturadas realizadas com cinco alunas/os do curso de serviço social tiveram como cenário o contexto político brasileiro e os impactos da política de cotas que beneficiou populações historicamente alijadas das universidades do Brasil. A estética visual dos edifícios da ESS/UFF, com manifestações de resistência política, apelo a diversidade de gênero, raça e sexualidade, assim como as narrativas, produziram diários de campo que contribuem para reflexões acerca de como a construção da consciência crítica profissional se estrutura a partir da vivência acadêmica emancipatória, da diversidade e de currículos fundados na teoria crítica.