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A VIDA DOS DESENHOS

O desenho na antropologia nos deslocada do registro escrito e nos convida a pensar em formas de expressão, comunicação e linguagem que não participam do cânone epistemológico Ocidental, questionando não só o que dizemos ou escrevemos, mas a forma como o saber é comunicado.  Mesmo assim, ainda é comum pensarmos que o desenho possa ser apenas um método ou uma técnica de pesquisa, especialmente aplicada durante o trabalho de campo. Em diálogos interculturais, no entanto, aprendemos que o desenho pode curar, por exemplo. A inquietação que motiva a presente comunicação relaciona-se então às possibilidades abertas pela sensibilidade de cosmologias extra ocidentais e também de outras áreas, como as artes visuais, para nomearmos, descrevermos e dialogarmos com o desenho na antropologia. De que maneira a antropologia pode ser transformada não só pela presença do desenho, mas pela presença de um desenho que se move, que tem vida e que fala? Esta comunicação, intitulada a vida dos desenhos, direciona-se para pensarmos sobre a serendípia do desenho, ou seja, aquilo que surpreende, que nasce, cresce e se modifica ao longo do tempo, ao longo das relações que mantemos com os desenhos.

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