FREIRA JUDAIZANTE? O PROCESSO DE ANA MASCARENHAS (1668-1674)
A vivência judaica em Portugal havia sido proibida desde o decreto de expulsão, ao final do século XV. Posteriormente, a pedido do rei português, o Tribunal do Santo Ofício da Inquisição foi criado em Portugal. Os judeus convertidos ao catolicismo, que passaram a ser chamados de cristãos-novos, foram alvo da perseguição inquisitorial, quando havia denúncias de estarem praticando ritos judaicos. A considerada “mácula” no sangue do cristão-novo, era motivo para suspeitas de não ser um bom cristão, mesmo que estivesse em pleno convívio com as práticas católicas, como foi o caso da freira Ana Mascarenhas. Residente no convento de Santa Iria de Tomar, ela teve algumas acusações de que possuía a fé judaica e que, inclusive, era uma prosélita. O intuito desse trabalho e´, então, conhecer os pormenores do processo de Ana Mascarenhas e de sua família, em especial sua irã que também era freira. Aém disso, observaremos as sircunstâncias que envoliam as pessoas que a acusaram, tendo em vista serem de sua família, ou, amigos póximos, buscando conhecer mais sobre as diferentes vivências criptojudaicas no reino Português.