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JUVENTUDES AFRO-DIASPÓRICAS E EXPRESSÕES DA MÚSICA DIGITAL: IDENTIDADES, AUTONOMIAS E RESISTÊNCIAS

Com esta comunicação pretendo analisar as transformações na produção, circulação e consumo musical entre jovens envolvidos com ritmos afro-diáspóricos (kuduro, afrobeat e hip-hop) a partir de seus estúdios caseiros para as redes sociais digitais durante estes dois últimos anos, analisando os impactos sobre suas sociabilidades, formas de lazer e de ganhar a vida. Tais estilos musicais ganharam terreno nas últimas duas décadas, principalmente em territórios de imigração africana na Europa e na América. Aqui, proponho trazer a experiência particular destes jovens que vivem ou viveram em Lisboa. Há pelo menos dez anos acompanho as trajetórias vida de alguns deles com a música e o papel que ela ocupa em suas formas de compreender suas vidas, fortalecer laços comunitários e construir formas de resistência e de autonomia na transição para a vida adulta. Nestes últimos dois anos as dificuldades provocadas pelas restrições sanitárias trouxeram particularidades justamente por tornar suas vidas mais restritas aos seus lares e bairros, embora a relação com música continue tendo importância significativa. Que transformações e experiências foram estas e como as suas vidas e seu envolvimento com a música foram impactados?