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COVID-19 e a Violência de Género: uma análise do ano de 2020

Perante a pandemia da COVID-19 muitos foram os países que implementaram medidas rigorosas de confinamento como estratégia de promoção de saúde. Estas medidas, que tinham como principal objetivo retardar a propagação do coronavírus pela(s) comunidade(s) provocaram outros efeitos, nomeadamente o acréscimo de situações de violência de género (WHO, 2020). A rutura com as redes sociais de apoio, a redução de acesso a serviços e a permanência em casa configuraram-se como fatores de risco para muitas mulheres (Paulino & Costa, 2020). Se em muitos casos a violência já existia antes da pandemia, a probabilidade dessa violência se agravar na pandemia foi inegável. Estudos revelam que esta é uma situação habitual após uma catástrofe ou desastre, e que os agressores se aproveitam das circunstâncias em que o movimento é restrito, para aumentar o uso da violência contra as mulheres (Killon et al, 2018). Esta comunicação pretende apresentar os dados de uma revisão sistemática realizada com o objetivo de se analisar a produção científica sobre este tema, publicada ao longo do ano 2020. Foram consultadas quatro bases de dados para seleção das publicações: SciVerse  Scopus; Web of Science; PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde do Centro  Latino-Americano, a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da  Saúde (LILACS). Espera-se que este estudo contribua para uma maior compreensão deste problemática e para o desenvolvimento de medidas preventivas e de proteção, com base numa estratégia pró-ativa na qual se definam protocolos e estratégias a adotar em situações de crise.