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Construindo uma ponte sobre águas turbulentas: a etnobiologia da pesca artesanal de mangais na Guiné-Bissau.

Durante milénios, as pessoas de todo o mundo têm confiado nos recursos aquáticos e ecossistemas de mangais para se sustentarem. O seu conhecimento ecológico local e tradicional, acumulado através de interações diárias com ambientes locais e no contexto dos valores sociais da comunidade, é a base destes sistemas de gestão. Onde a compreensão científica é muitas vezes escassa, o conhecimento local pode contribuir para uma imagem mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais cultural e ambientalmente apropriada. Na Guiné-Bissau, as comunidades costeiras são altamente dependentes dos serviços de produção de ecossistemas de mangais, incluindo a pesca em mangal e nos rios à sua volta. A fim de fornecer uma visão geral das práticas existentes e das necessidades locais de subsistência das pessoas, este projeto centrar-se-á na identificação da fauna aquática de mangais e na integração do conhecimento ecológico local de diferentes grupos étnicos em regiões costeiras do país. Além disso, as perceções locais sobre a biodiversidade aquática, as práticas tradicionais e (possíveis) futuras ameaças às atividades de pesca serão analisadas na sequência de uma abordagem etnobiológica. Os métodos de investigação incluirão amostragem biológica, investigação biológica nos mercados locais e desembarques de peixe, e entrevistas participativas dirigidas a agricultores locais, pescadores, vendedores de mercado e outros utilizadores de mangais. Desta forma, pretendemos ter uma visão clara da complexa dinâmica das interações entre funções e o contributo da biodiversidade aquática para as comunidades da Guiné-Bissau.

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