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Práticas culturais de valorização do Caminho Português Interior de Santiago (CPIS)

O Caminho Português Interior de Santiago (CPIS) é uma via de peregrinação secular rumo a Santiago de Compostela e atravessa os municípios de Viseu, Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves. Carateriza-se por ser um dos caminhos de peregrinação mais antigos de Por­tugal. Nos últimos anos, vários agentes como autarquias e juntas de freguesia, associações locais e as próprias comunidades locais, têm vindo a promover diversas iniciativas de patrimonialização e valorização do CPIS bem como do património jacobeu existente, fazendo ressurgir esta via como itinerário turístico de peregrinação a Santiago de Compostela (Urrutia, 2017). As diversas formas deste ato de patrimonializar constituem o resultado de uma política assente na recuperação e “reconstrução” dos Caminhos tradicionais de peregrinação a Santiago de Compostela (Gusmán et al,2017). Através da adoção do trabalho de campo antropológico como estratégia metodológica primordial e conjugada com a observação participante, será possível demonstrar como as associações e as comunidades locais resgatam e consequentemente valorizam o CPIS e de que modo estas iniciativas socioculturais ultrapassam o domínio religioso que configura este Caminho de Santiago localizado no interior norte de Portugal.