A comunicação reflete sobre os novos agenciamentos de enunciação (Deleuze & Guattari, 1980) que emergem no bloco espaço-temporal constituído pelo antigo Museu do Índio da cidade do Rio de Janeiro, atual terra indígena retomada, denominada Aldeia Maraka’Nà. Palco de disputas e marco de lutas políticas e territoriais em 2013, a aldeia urbana funciona por hibridação (Canclini, 2015) entre grupos étnicos diversos e movimentos sociais, constituindo uma Universidade Indígena Autônoma no interior de seus 14.300 m2. Espaço de confluência de s aberes e prática multicultural, onde o sujeito indígena afirma sua identidade diaspórica (Hall, 2018) em meio ao caos citadino. Os modos de emissão e recepção dos etnosaberes em curso, desafiam a discursividade presente nos processos de transmissão da informação para propor múltiplos agenciamentos não-discursivos em continuidade com os espíritos da Terra, conforme as cosmologias ameríndias. Volta-se para a constituição de um campo de resistência semântico deflagrado pela configuração de uma Universidade Indígena no núcleo deste aldeamento urbano, a partir da instauração de poéticas do diverso(Glissant, 1996) em que a superfície escritural da fala, do canto e da dança transmitidos não se inscreve, segundo a abordagem do xamã Davi Kopenawa(2015), em “peles de imagens”, mas numa duração que se expande em todas as direções.
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