Desastres nos rios Doce e Paraopeba: Riscos e Documentos
A partir dos rompimentos das barragens de rejeitos de Fundão (Mariana-MG) e do Córrego do Feijão (Brumadinho-MG) no sudeste brasileiro, busca-se investigar a produção de documentos após a chegada dos rejeitos de mineração nos rios Doce e Paraopeba. As análises dos documentos estão relacionadas às condições das águas, bem como as indicações sobre os usos e impedimentos em relação aos rios citados. Os rios têm como origem o estado de Minas Gerais, mas devido ao carreamento dos rejeitos ao longo do rio Doce, o estado do Espírito Santo também é caracterizado enquanto atingido pelo rompimento da barragem de Fundão ocorrido em novembro de 2015, e o rio Paraopeba, devido a chegada dos rejeitos da Barragem do Córrego do Feijão, em janeiro de 2019. O desastre da Mariana evidenciou uma acentuada atuação das práticas de conhecimento tecnocientífica em relação às condições das águas, na qual observou-se investigações em universidades dos estados atingidos, órgãos governamentais nacionais, aqui destacados o IBAMA e o ICMBio e a ANA e também a partir da produção técnicas ligadas às empresas responsáveis pelos rompimentos. Os três referidos segmentos, responsáveis pela elaboração de documentos compõem o recorte para a investigação sobre as formas de produzir as condições das águas dos rios citados entre os anos de 2016 e 2019. As análises dos documentos busca evidenciar de que forma os desastres são elementos constituidores de reflexões sobre etnografias em documentos, diante das discussões sobre risco e conflitos em desastres contemporâneos.
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