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Mesak e Facebook: os sentimentos de estudantes timorenses em Portugal e no Brasil

Esta comunicação tem por objetivo abordar etnograficamente os sentimentos envolvidos no processo de mobilidade de estudantes timorenses em busca de universidades portuguesas e brasileiras para capacitação profissional. Em particular, aqueles gerados pela experiência de mesak (estar só/solidão, em tétum) ocasionada pela distância da família, dos amigos e de um estilo de vida anterior. Pouca atenção vem sendo dada à dimensão emocional que envolve tal cooperação. O preço da mobilidade estudantil envolve estar inserido em um contexto cultural – e portanto relacional – distinto do que se possui como referencia no país de origem. O conceito de mesak, proposto pelos próprios estudantes, expressa a ambigüidade de sua tradução, que tanto pode significar uma espécie de isolamento voluntário para que algo positivo seja gerado a partir daí (estar só), quanto de um sentimento negativo de isolamento que envolve ausência ou dificuldades no nível das interações sociais (solidão). A utilização das mídias sociais, nesse sentido, vem sendo importante ferramenta para a criação e a manutenção de vínculos sociais, com destaque para o Facebook. Para esses jovens, conectar-se é uma importante estratégia adotada para tornar mais suportável a solidão da experiência migratória. A presente análise apóia-se em uma pesquisa que vem sendo desenvolvida junto a estudantes timorenses no Brasil, desde 2013, e em Portugal, entre 2017 e 2018, a partir de observação-participante, realização de entrevistas e acompanhamento de conteúdos nas páginas do Facebook.

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ASOCIACIÓN DE ANTROPÓLOGOS IBEROAMERICANOS EN RED
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