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Os museus e a diversidade cultural: o exotismo como discurso expográfico

Ao longo de sua história, os museus se tornaram uma instituição central para a cultura ocidental. A partir da década de 1970 uma série de investimentos promoveu o surgimento de novos museus; a recomposição das coleções; o surgimento de novos serviços; além da multiplicação de suas exposições. Estas transformações contribuíram para fomentar uma série de discussões sobre as concepções de museu, promovendo uma redefinição das práticas dos profissionais da área. Desde o século XIX, quando foram delimitadas suas bases científicas, até os dias atuais, quando se tornam críticos de sua própria prática, os museus têm como alicerce a produção de discursos expográficos, em que culturas são produzidas e posteriormente consumidas pelos visitantes. No processo de produção de seus discursos está presente muitas vezes uma tentativa de apresentar os objetos de suas coleções como advindos de culturas exóticas e distantes. É precisamente esse processo de exotização do outro distante que será abordado nesta apresentação. Trata-se de discutir o conceito de exotismo a partir de duas perspectivas museográficas distintas: do ponto de vista dos museus europeus e do ponto de vista dos museus brasileiros

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