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UMA APROXIMAÇÃO ETNOGRÁFICA À PRÁTICA ARTÍSTICA: TRAVESSIA, PROCEDIMENTO E INSPIRAÇÃO

A forma como nos movemos e dançamos reflete o sentido do que somos: o corpo como campo de pesquisa e entendido como arquivo político e cultural. Como se dança a mesma música em uma danceteria em Barcelona? E em Tóquio? E em Dakar? A partir da relação entre arte e etnografia, pretendo relatar o processo vivido em Remake movements in nightclub. Fruto de um intensivo trabalho de campo, este projeto fez a etnografia de uma danceteria submetendo o (meu) corpo a imitar fidedignamente cada detalhe em tônus, intenção e ritmo dos movimentos realizados pelos Outros na pista de dança. Um estudo minucioso cujo exercício esteve fundamentado na ativação da (minha) memoria visual e na capacidade de assemelhar-me ao Outro.Ao me colocar no papel de etnógrafa-artista, isto é, observadora que descreve e que se insere como objeto e sujeito da observação, pretendo compartilhar os descobrimentos deste trabalho de campo, assim como o resultado estético do mesmo. Neste intento de tratar o conhecimento por meio das vias interdisciplinares, como podemos incorporar e transmitir o arquivo corporal em propostas centradas no Outro?

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