A imersão pode ser considerada um dos principais diferenciais dos mundos digitais virtuais tridimensionais, demarcando inclusive suas fronteiras com relação a outras plataformas digitais online. A sensação de imersão está relacionada com a produção de “presença” e, no caso dos mundos virtuais, teríamos um tipo de presença no qual não apenas tem-se a sensação de que o outro está presente (co-presença),  como num chat escrito, mas no qual sentimos que estamos noutro ambiente, nesse caso um ambiente digital e virtual, e que ali ocupamos um corpo-avatar diante de um espaço povoado por outros corpos-avatares. Nossas reflexões,  nessa comunicação, versam sobre a noção de ambiente e sua importância no trabalho de campo,  e sobre os engajamentos recíprocos entre o pesquisador e seu avatar. Antes de iniciarmos nossas pesquisas de campo em mundos virtuais, tivemos outras experiências de pesquisa etnográfica na internet, sem que todavia os problemas metodológicos e epistemológicos que se colocavam fossem os mesmos. Trazendo algumas situações vivenciadas em campo, sobretudo nos momentos iniciais de inserção em campo,procuramos nesse trabalho discutir os desafios metodológicos - e existenciais - que enfrentamos  enquanto antropólogas realizando etnografias  em ambientes digitais imersivos online.

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