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Imagens e políticas de memórias: os jovens e as violências no Brasil

A articulação conceitual imagens-culturas pode ser abordada a partir de alguns pressupostos básicos: as imagens fizeram parte do cotidiano humano desde a emergência do Homo sapiens, atrelam-se ao seu poderoso imaginário e constituem a consciência humana; a dimensão estética articula imaginários e as disputas pelas representações na sociedade; imaginação embala as memórias e projeções de futuro e ocasiona transformações do mundo exterior.Nos últimos anos as imagens invadiram as redes sociais online, renovando suas inserções nos cotidianos e acirrando as guerras de narrativas, as disputas pelos imaginários e pelas memórias. Os jovens passam a serem representados e a representarem-se de forma mais contundente e visível, principalmente em relação às situações de violências nas quais estão inseridos no Brasil (notadamente a alta mortalidade por armas de fogo e a violência policial em suas manifestações políticas). As redes sociais online e as imagens transformam-se em ferramentas importantes nas disputas das representações desses jovens pelas mãos dos movimentos, coletivos e grupos que enfrentam a estigmatização e a criminalização desses jovens em situação de violência. Por meio dessas imagens publicadas e partilhadas constroem-se as políticas de memórias.Para dar conta dessa problemática, toma-se aqui as fotografias publicadas nas páginas nas redes sociais digitais do Movimento Independente Mães de Maio e o movimento dos estudantes secundaristas de São Paulo  (que ocupou as escolas em 2015) na intenção de compreender como os jovens são representados, o que dizem estas imagens e que espaço ocupam nessas disputas pelos imaginários e na constituição das memórias.

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