"Andanças e ‘com-vers-ações’: a viagem como inspiração de estratégias e procedimentos metodológicos em tempos de incertezas "
“Vim, tanta areia andei. Da Lua cheia, eu sei [...] Já me fiz a guerra por não saber [...] Que esta terra encerra meu bem-querer (amor) [...] E jamais termina meu caminhar”. Os versos da canção intitulada Andança, de Paulinho Tapajós, sintetizam a proposição ensaística deste texto que, ao mesmo tempo, se refere a andanças por mais de 30 anos, na docência de Metodologia da Pesquisa, e a proposição de estratégias e procedimentos de investigação, alinhados com a Epistemologia da Ciência complexa, ecossistêmica e holística. A viagem como inspiração de estratégias e procedimentos metodológicos corresponde a uma orientação de proposição de mutação metodológica, na direção de contemplar saberes e fazeres contemporâneos investigativos. Viagem deriva do Latim viaticum, “jornada”, originalmente “provisões para uma jornada”, derivado de via, “caminho, estrada. Conversar, por sua vez, segundo Maturana, significa ‘dar voltas com’, portanto, estar no movimento. (Maturana, 1988). ‘Com-vers-ações’ é um termo que pretende sinalizar para o conjunto de ações transversalizadas entre os seres, também entre sujeitos e lugares da pesquisa. Nesse sentido, as conversações não são somente verbais, mas correspondem a múltiplos processos de interação e de ‘fazer junto’, ‘dar voltas com’, que vão nos transformando justamente na lógica recorrente de ‘inter-ações, ’com-vers-ações’ das pesquisas. O texto detalha estratégias metodológicas – Cartografia dos Saberes e Matrizes Rizomáticas - e procedimentos propostos – Andanças e Com-vers-ações, já com história consolidada em investigações em Comunicação, Turismo e Estudos de Subjetividade.
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