A gestação por substituição na colômbia
A prática da gestação por substituição, inserida nas cadeias globais de fertilidade, tem crescido em todo o mundo nas últimas décadas. Na América Latina a prática tem se expandido para o México, Colômbia e mais recentemente para a Argentina.Na Colômbia, o crescimento da prática tem sido impulsionado pelo contexto não regulado da subrrogação, no qual a não proibição e os preços relativamente mais baixos dos serviços de reprodução tem atraído famílias estrangeiras que buscam o cuidado reprodutivo transnacional. Estima-se que apenas no ano de 2023 ocorreram cerca de 1000 casos de gestações por substituição no país.Até o momento não existem estudos etnográficos com as mulheres que gestam para outros em Colômbia, embora a necessidade de pesquisa com esse público esteja bem identificada na literatura. Desse modo, o presente trabalho visa preencher esta lacuna ao realizar uma pesquisa etnográfica com as gestantes por substituição no país. Tendo em vista as especificidades do contexto colombiano buscamos compreender os desdobramentos vivenciados pelas mulheres que realizam tal prática. Quais os impactos que o ato de gestar para outros tem em sua saúde e em sua vida social e familiar? Quais as relações geradas com as famílias de intenção? A prática é entendida como um trabalho reprodutivo? Estas são algumas das questões que a pesquisa busca responder.
(*)El autor o autora no ha asociado ningún archivo a este artículo