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CONTRAMESTIÇAGEM E RETOMADAS AFROINDÍGENA

A presente pesquisa busca analisar as relações de misturas entre os povos negros e indígenas na cidade de Ilhéus - Bahia em um cenário de disputa por terras, as localizando em um cenário macro atual brasileiro de luta social em busca de reinterpreção das identidades nacionais. As disputas de terra no Brasil é uma questão secular que acompanha este território desde sua formação enquanto colônia. Ao mesmo tempo, é um assunto extremamente atual e relevante, visto que nos últimos anos a PL 490/20079, causou um enorme debate no Brasil com a tese do marco temporal. Analisando manifestações afroindígenas,  intelectuais costumam apontá-las como uma bricolagem ou sincretismo. Todavia, percebe-se que frequentemente esses arranjos não se fundem no encontro, são o que José Kelly Luciani (2016) denomina de mistura não-fusional, uma antimestiçagem, ou o que Márcio Goldman (2021) intitula como contramestiçagem e contrasincretismo. Essas narrativas e processos de encontros seculares não apenas produzem identidades como  também epistemologias e formas específicas de manifestações culturais e lutas políticas. Atualmente pode-se localizar a retomada crítica da figura do pardo, entedido como apenas negro de acordo com IGBE, como também indígena, processo fruto da demanda do movimento indígena. Assim, pesquisar confluências afroindígenas no Brasil apresenta-se como um vasto campo de estudos necessário para a compreensão de seus efeitos, especificidades e complexidades que se traduzem na atual luta dos povos da américa latina.

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