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CONSTELAÇÕES FAMILIARES: UMA VISÃO ANTROPOLÓGICA

Ser Humano desde a pré-história até à atualidade sempre conviveu com a saúde e a doença e durante milhares de anos a cura passava pelo culto das divindades, pelos encantamentos, orações, purgas, sangramentos, ervas onde os “curadores” adotavam uma linguagem específica para cuidar dos doentes criando uma realidade simbólica e os seus próprios matizes culturais. A antropologia aplicada baseia-se na necessidade de interpretar a relação do processo saúde-doença com a cultura e a sociedade onde a pessoa tem crenças, usos, costumes, tradição, conhecimentos, experiências e a compreensão para construir o seu processo (modelo) interpretativo quer da saúde quer da doença, a partir do reconhecimento da saúde e da doença enquanto processos socioculturais. A constelação familiar “é uma ciência que lida com campos mórficos, tendo em vista que quando uma pessoa e? colocada no lugar de outra (como representante), ela começa por sentir/perceber sensações (profundas e até então ocultas) que pertencem a quem pediu a constelação. E o sistema a ganhar forma diante de representações. A comunicação é uma reflexão das contribuições da antropologia aplicada, para a construção de novas visões e práticas da saúde/doença, evidenciando os efeitos das constelações familiares no processo de compreender as melhorias de bem-estar. A metodologia usada foi a observação participante em quatro workshops de constelações familiares e oito sessões de psicoterapia transpessoal a oito consulentes diagnosticados com depressão maior, com idades entre os 31 e os 59 anos de idade, em Portugal e Polónia.

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