O diálogo intercultural feito por famílias que se deslocam de espaços considerados urbanos para o rural buscando viver em meio ás questões socioecológicas em espaços e paisagens que lhes ofereçam qualidade de vida, neste século, foi chamado por Carneiro (2008) de “novos rurais”. Possibilidade inversa ao que ocorreu historicamente ao longo do século XX, quando famílias rurais buscavam oportunidades de vida e emprego na cidade. Para tanto, apresento possibilidades analíticas e interpretativas inéditas neste artigo de entendimento sobre os processos sociais e culturais ligados aos fenómenos rurais que eclodem neste início do século XXI, de forma globalizada, e que se apresenta nesta pesquisa, de forma localizada através do recorte e estudo situado no Sul do Brasil. Neste sentido, o artigo propõe refletir sobre o ponto de vista de valores urbanos frente aos deslocamentos de jovens adultos de camadas médias urbanas para zonas rurais. Nos convidando a pensar em uma organização que consagra de forma pluriativa dimensões que atravessam as formas de viver e modelos de trabalho, fazendo com que antigas práticas de vida e visoiões de mundo no rural assumam novos significados sociais, culturais e económicos (Graziano da Silva, 1996).

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