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OS LIMITES DA ANTROPOLOGIA: IMPACTOS DO DARWINISMO SOCIAL E DA EUGENIA NAS PROPOSTAS DE ENGENHARIA SOCIAL ENTRE OS FINAIS DO SÉCULO XIX E MEADOS DO (SÉCULO) XX

Após o advento do evolucionismo proposto por Charles Darwin, muitos intelectuais apropriaram-se desse conceito. Distorcendo-o a partir de vieses pragmáticos e ideológicos, buscavam justificar uma suposta hierarquização entre os seres humanos, tendo, especialmente nos grupos caucasianos europeus, o arquétipo de civilização: nascia o darwinismo social. Tal referência testou a incipiente Antropologia aos seus limites e forjou o conceito de raça como categoria biológica. Também resultado desses novos tempos, ganhara espaço a eugenia, teoria que se expressava por meio de projetos de engenharia social capazes de produzirem, através da seleção genética, indivíduos considerados mais capazes e adaptados. As teorias eugênicas foram aceites e aplicadas de forma difusa, despertando querelas que perpassavam questões éticas, morais e religiosas. Essas discussões foram reverberadas, especialmente, através do discurso antropológico, sendo este presente em diversas áreas (artes, nacionalismos, movimentos sociais – anarquismo e feminismo, para citar algumas), e, cada uma delas, é capaz de demonstrar que a sua estrutura poliforme e complexa demanda estudos que dialoguem com outros ramos do saber (história, psicologia, medicina, educação, religião, por exemplo). Este painel foi pensado a partir de uma dinâmica interdisciplinar e transdisciplinar e apela à submissão de propostas que versem, de alguma forma, o darwinismo social e a eugenia. Nesse sentido, os trabalhos devem abordar questões sobre como tais paradigmas influenciaram e se relacionaram com o cotidiano do mundo contemporâneo, desde os finais do século XIX, até meados do XX.

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