ESQUIZOTRAMA E (AUTO)TRANSPOIESE NO TURISMO: SINALIZADORES DE COMPLEXIDADE E POTÊNCIA EM PROCESSOS DE DESTERRITORIALIZAÇÃO DESEJANTE
O presente texto tem caráter ensaístico, relativo às proposições autorais de Esquizotrama e (Auto)transpoiese, relacionando-as aos processos de desterritorialização desejante no Turismo, visando à compreensão das dimensões de complexidade e de potencialização de sujeitos e lugares. Trata-se de produção recente, decorrente de aprofundamento epistemológico-teórico, ao longo de mais de 30 anos de docência em Metodologia da Pesquisa, com produções e orientações de pesquisas, em seis Universidades Brasileiras e em projeto empresarial voltado à supervisão de textos, nas mais diversas áreas do conhecimento. A produção é relato parcial de pesquisa internacional realizada no Sul do Brasil. Em termos teóricos, a fundamentação é holística, com ênfase na abordagem esquizoanalítica de Guattari e Deleuze, e na Biologia Cultural de Maturana e D’Ávila. A estratégia metodológica é autoral, processual, rizomática e plurimetodológica, com o reconhecimento de processos sensíveis e sutis, para a produção investigativa. Os resultados apontam para a compreensão dos processos de desterritorialização desejante no turismo, como resultados do agenciamento de uma trama complexa esquizo, esquizotrama, de características rizomáticas e dissipativas. Igualmente observa-se que os processos de desterritorialização se pautam pela transversalização e transmutação subjetiva que é agenciadora de potência (auto)transpoiética. O termo deriva do conceito de autopoiese, expandindo a compreensão para sistemas complexos abertos e interdependentes. Já o termo esquizotrama associa a complexidade da trama à lógica esquizo de derivações múltiplas, o que contribui para compreender o momento e os sinalizadores do Turismo para o Novo Mundo.