O presente trabalho trata de pesquisa que vem sendo desenvolvida desde o fim de 2019 no Brasil sobre práticas educacionais realizadas por escolas indígenas, quilombolas e do campo nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Num primeiro momento, foram identidades iniciativas e projetos que garantem o direito à educação a essas populações, em geral, vulnerabilizadas. A pesquisa contou com onze pesquisadores, sendo dez mulheres, a maioria originárias dos povos e comunidades pesquisados, ou integrantes de suas redes. O trabalho consistiu em três níveis metodológicos, o primeiro deles a filtragem do Censo da Educação Básica, produzido anualmente pelo Ministério da Educação, por meio dos critérios de identificação das escolas por município, modalidade, localização diferenciada, uso de material didático específico, utilização de padagogia da alternância, etc. O segundo, a identificação de práticas educacionais relevantes, desenvolvidas pelas escolas indígenas, quilombolas e do campo, alcançando 74 projetos mapeados. O terceiro nível aprofundou os conhecimentos sobre 16 das 74 práticas por meio da aplicação de um questionário com 51 perguntas sobre pertinência; processos e resultados; sustentabilidade; influência e inspiração. Um dos principais resultados encontrados no universo das 146 mil escolas mapeadas foi a importância da participação comunitária para a existência da escola no território e sua manutenção. Além do mapa, foram publicados um livro e quatro cadernos temáticos com as práticas educativas de 16 Estados brasileiros. Todos acessíveis para download gratuito em http://praticaseducativas.org.br