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“MULHERES SUSTENDO COMUNIDADES TRANSNACIONAIS ENTRE GALIZA E CABO VERDE”

Ao longo de mais de quatro décadas, desde o seu assentamento em 1978, as mulheres migrantes com origem na ilha de Santiago de Cabo Verde têm suposto a coluna vertebral de uma comunidade baseada no trabalho dos seus maridos e filhos na pesca de alto-mar, na costa da Galiza. Na ideologia de género dominante nas áreas rurais da ilha, ate tempos recentes, as mulheres migrantes eram consideradas um auxílio nas vidas dos seus maridos, a quem deviam servir e cuidar no destino migratório, possibilitando o desenvolvimento do seu labor profissional. Nos inícios do século XXI, com a proliferação de ofertas de trabalho em setores feminizados, surgiu um novo perfil de mulher migrante, independente das figuras masculinas, o da mãe solteira que migra com o objetivo de posteriormente reagrupar aos seus filhos e filhas. A minha comunicação, baseada em presupostos das teorias feministas, estabelecerá uma comparativa entre ambos os grupos de mulheres migrantes, incidindo na organização da esfera dos cuidados, na sua articulação transnacional, tanto em origem como destino.