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Escuta participante e a noção de imponderável revisitada

Este texto discute e problematiza dados oriundos de etnografias recentes, produzidas no âmbito da antropologia da saúde e saúde indígena no Brasil, desde 2000 até hoje. A partir desta iniciativa, discutem-se as noções de escuta participante e de imponderável. O argumento principal diz respeito a uma análise do impacto desses dois elementos na produção conceitual brasileira, compreendendo como tais etnografias podem atualizar a teoria antropológica. Para cumprir tal objetivo, o artigo está estruturado em dois pontos: 1) a escuta participante nas etnografias da saúde, cujos textos tem destacado uma série de problemas de análise advindas do contexto dos Distritos Sanitários Especiais indígenas, a partir dos quais se espera haver certa articulação entre dois ou mais sistemas de saúde e 2) o improviso, que pode ser considerado uma categoria nativa entre profissionais da saúde, e, ao mesmo tempo, apresenta conexões importantes com a noção de imponderável, um famoso e clássico conceito antropológico. Este último ponto visa, também, realizar uma auto-reflexão sobre a participação dos antropólogos nos projetos políticos governamentais para a saúde indígena, através dos quais conflitos são vividos entre pesquisadores e profissionais de saúde.

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