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As Sociedades Portuguesa e Brasileira de Antropologia e Etnologia: distanciamentos, aproximações e conexões do pensamento antropológico luso-brasileiro.

A presente comunicação pretende compartilhar, com a comunidade acadêmica, a investigação realizada para a tese de doutoramento do percurso da História Contemporânea, da Universidade de Coimbra, a respeito das Sociedades Portuguesa e Brasileira de Antropologia e Etnologia. Desde o final do século XIX, multiplicaram-se em todo o mundo sociedades, institutos e agremiações que estabeleceram redes de colaborações internacionais em diversos ramos da ciência. Na Antropologia não foi diferente, e compreender as ações dessas agências confunde-se com a própria história dessa ciência, assim como daqueles que, mesmo não sendo antropólogos em suas formações, contribuíram direta, ou indiretamente, para sua institucionalização. Sendo assim, o objetivo principal deste estudo consiste em uma análise de caráter tanto quantitativo como qualitativo das principais experiências intelectuais permutadas entre os membros das sociedades de Antropologia e Etnologia de Portugal (SPAE) e do Brasil (SBAE), assim como seus distanciamentos, aproximações e conexões no período entre 1918 e 1949. Pensar a história dessas duas sociedades abre-nos a possiblidade de um estudo comparado se partirmos da premissa de que dispomos de semelhanças e dissemelhanças entre os nossos objetos. Acredito que a partir do comparativismo historiográfico por meio do confronto de múltiplos focos de análise, de olhares plurais e diversas escalas de observação, permite-se pensar questões importantes em ambientes e contextos diferentes, tendo em vista trazer contribuições que seriam impossíveis numa investigação centrada apenas em um foco.

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