“Somos una especie en viaje, sin pertenencias, solo equipaje”. Reflexões sobre a proposição ‘sujeito-trama-movimento’ e a dimensão de amorosidade, como sinalizadores essenciais para a contemporaneidade
O presente texto tem caráter ensaístico e se propõe a discutir a proposição ‘sujeito-trama-movimento’, bem como a dimensão de amorosidade, como sinalizadores fundamentais para o direcionamento dos sujeitos contemporâneos. O título tem inspiração em canção de Jorge Drexler, cujo texto remete à condição humana essencial de ser ‘sujeito-movimento’. Decorre de estudos realizados no Brasil, em seis universidades, durante 30 anos, e de parcerias com pesquisadores de seis outros países. Os pressupostos epistemológico-teóricos relacionam-se a uma Ciência processual, ecossistêmica, complexa, tendo como base: Sousa Santos, Morin, Maturana e Varela, Capra, Prigogine, em termos de Epistemologia da Ciência; Monteiro e Colferai, em estudos ecossistêmicos amazônicos; Pereira Lima, na perspectiva de narrativas orientadas pelo Jornalismo Literário Avançado; Moesch e Beni, na perspectiva de ecossistemas turísticos. Em coerência à dimensão epistemológico-teórica, a estratégia metodológica é a Cartografia dos Saberes, com produção de Matrizes Rizomáticas, que contribuem para apreender elementos complexos da trama constituidora desse sujeito contemporâneo. Trata-se de proposições com trilhas investigativas, aproximações e ações, pautadas pelo reconhecimento da importância do sujeito da pesquisa, no processo, bem como da complexidade de elementos passíveis de serem apreendidos, o que demanda também multiplicidade de procedimentos. O texto sinaliza para a importância do movimento, da desterritorialização, como traço essencial do humano, o que implica, por si só, no desafio constante de ser inteiro, ser uno, em termos de traços de singularidade no cosmo, no universo, e, ao mesmo tempo, desenvolver níveis de consciência de nossa condição inerente de sujeitos entrelaçados com outros sujeitos da teia-trama da vida.