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Antropologias, artes e politica: engajamentos e encontros

Desde muito tempo considero que participo de um modo de fazer antropologia que definiria por engajado e militante. Meu percurso cidadão como ativista politico e simultaneamente minha formação e interesse por artes performativas talvez tenham contribuído decisivamente para isso. Nessa apresentação pretendo partilhar com o painel as estratégias e os itinerários utilizados na realização de 3 encontros de cruzamentos sobre arte e política que visavam conjugar tanto artistas quanto pesquisadores, num pano de fundo ligado a uma cidadania engajada: No Performance's Land? (2011), Arte e Política Reloaded (2016) e Corpos Dissidentes (2019). Os lugares escolhidos (dentro e fora das universidades), as participações em formato aberto (podendo ser papers académicos, mas  também instalações e performances, oficinas, apresentações de filmes, etc.), bem como a diversidade de áreas de atuação das pessoas convidadas a participar, buscavam ultrapassar a ideia da "torre de marfim" universitária, rompendo com discussões académicas autocentradas sobre arte ou provocando instabilidades reflexivas, expandindo o campo de diálogos e discussões a múltiplos modos de disseminar ciência e produzir conhecimento, partilhando e promovendo formas colaborativas de produção dos eventos de forma a pluralizar tanto o acesso quanto o teor das mesmas. De encontro para encontro foram possíveis afinar, rever, expandir e explorar experimentalmente novas rupturas, novos modelos, novos itinerários, novas estratégias que pretendo partilhar neste painel.

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