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Significados do consumo de produtos de climatização em habitações de baixa renda do Rio de Janeiro: a busca pelo conforto térmico

As múltiplas transformações tecnológicas, sociais, culturais, políticas e econômicas produzem significativos efeitos no ethos dos indivíduos que ensejam mais conforto e qualidade de vida em um momento histórico de expressivas tensões socioambientais. Mais especificamente, discute-se como gerar energia limpa o suficiente para suprir a crescente demanda dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos grandes centros urbanos, observa-se que a busca pelo conforto doméstico tem se intensificado na mesma medida que governos são pressionados a diminuir o consumo de energia da população. Assim, estudar o consumo é a melhor forma de entender as interações da vida humana com organizações públicas e privadas nas grandes cidades para a formulação de uma Antropologia Urbana, e para a compreensão das tensões decorrentes da integração homem-natureza. Para além, cerca de metade da energia do mundo é gasta em construções que muitas vezes são direcionadas para tornar a vida das pessoas mais confortáveis. Tratando-se de conforto térmico no Rio de Janeiro, costuma-se dizer o calor é o inimigo da prosperidade. Dados demonstram que 7,5% das residências brasileiras (IBGE, 2000) possuem aparelhos de ar condicionado, e mesmo em meio às crises financeiras, os cariocas lutam pela obtenção do conforto térmico, investindo na compra de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. Portanto, o debate apresentará os resultados de uma pesquisa sobre os significados do consumo de produtos de climatização para ambientes domésticos de moradores de baixa renda do Rio de Janeiro, que também querem conforto térmico e sustentável.

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