Visibilidade e vigilância nas redes sociais
Muito se tem perguntado sobre a reconfiguração das relações sociais a partir da utilização cotidiana das mídias digitais. Uma das questões que tem permeado este campo de estudos remete aos significados da intensificação das relações inter-pessoais, perguntando se, e como, a maior exposição dos sujeitos em variadas mídias congregadas na Internet impulsionam o debate sobre as “diferenças”. Mais especificamente, pergunto sobre como a hipervisibilidade pode ser tomada também como um mecanismo de controle, na medida em que a circulação pelas redes sociais aumenta a "vigilância" sobre corpos marcados por diferenças de gênero, raça/etnia, sexualidade, inserções de classe, nacionalidade, entre outras. Nesta apresentação, analiso como a articulação dessas diferenças opera na formulação de discursos de ódio contra as feministas em um momento de retrocesso pelo qual passa o Brasil, focando em páginas da WEB anti-feministas, prestando particular atenção aos comentários a essa produção, cujo embate tende a julgamentos morais.
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