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ECOSSISTEMAS TURÍSTICOS, AMOROSIDADE E AUTOPOIESE: CONTRIBUIÇÕES PARA (RE)PENSAR CULTURAS E MUTAÇÕES

A proposta do texto é discutir o conceito de ecossistemas turísticos, em relação à orientação epistemológico-conceitual de amorosidade e autopoiese, como contribuição para (re)pensar a aproximação entre diferentes culturas e as mutações contemporâneas dos diferentes universos turísticos. O referencial teórico é transdisciplinar, envolvendo desde a epistemologia da Ciência, com Boaventura de Sousa Santos, Edgar Morin, Fritjof Capra; visão ecossistêmica, pautada por autores amazônicos, como Gilson Vieira Monteiro, e do Turismo, como Moesch e Beni; até a base teórica para a discussão sobre amorosidade e autopoiese, a Biologia do Conhecimento e Amorosa, com Varela e Maturana, até a visão esquizoanalítica de Felix Guattari, Gilles Deleuze e Suely Rolnik. Trata-se de compreender, em termos teóricos, a dimensão complexo-sistêmica desses universos, seus múltiplos atravessamentos e a sua composição caosmótica (de sentido de caos, osmose no cosmo). A partir disso, reconhecendo seu processo histórico na constituição dos múltiplos fazeres e saberes, considera-se a possibilidade de amorosidade, como laço social, como ética da relação e do cuidado, em associação à autopoise, como autoprodução e potência de reinvenção, para pensar a constituição de laços intensos, pautados pelo respeito mútuo entre culturas. Desse modo, acredita-se, ao mesmo tempo, estar contribuindo para lidar com as mutações contemporâneas, mas, mais que isso, atuando significativa e favoravelmente, no sentido da construção de um mundo, em que as partilhas sejam mais possíveis, a coexistência e os processos de desterritorialização sejam pautados pela autopoiese e a potência de reinvenção dos sujeitos envolvidos, assim como das organizações, instituições, empresas e destinos turísticos.

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