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AONDE ESTÃO AS CRIANÇAS QUE ESTAVAM AQUI? – ANTROPOLOGIA COM CRIANÇAS EM INSTITUIÇÕES

O trabalho procurou colocar no centro dos estudos, a experiência de crianças que residem temporariamente em instituições especializadas em acolher. O interesse maior está em pensarmos aonde estão as crianças sobre as quais costumamos estudar, seja no direito, na psicologia, na pedagogia ou pediatria. Entre os fios que tecem o debate estão os estudos antropológicos sobre crianças e as práticas especializadas que fundamentam os serviços de atenção à crianças, adolescentes e famílias, no campo da saúde e da assistência social, no Brasil. Trata-se de um campo que se constitui de contextos etnográficos, a partir dos quais se articulam redes e cruzamentos de práticas, mediações, conexões, as quais não podem ser restritas a ideia de uma delimitação espacial, posto que formam circuitos maleáveis e transitórios. Considerando que desde os anos de 1960 uma antropologia da criança, interessada em problematizar as formas de ser criança e as noções de criança compartilhadas por grupos sociais específicos, passou a ser fonte de materiais etnográficos e de elementos teóricos importantes. O trabalho problematiza as relações intergeracionais que constroem modos de ser criança e modos de cuidados, pautadas em noções cronológicas que regulam as relações entre crianças e adultos e entre jovens e velhos. Observamos a noção de gênero também definidora de tais relações, mas nos chamou atenção a centralidade em uma temporalidade khronos que não considera kairós, invisibilizando com isso a agência presente nas intergerações, sobretudo no que se refere às escolhas nos modos de cuidar e ser cuidado e na formulação de políticas protetivas.

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