Pretendo discutir, nesta comunicação, o papel da formação de aldeias católicas compostas por órfãos resgatados e criados por missionários da Consolata, no Quênia, sobretudo nas duas primeiras décadas do século XX, e seus cônjuges no remodelamento do projeto colonizador, tomando como dados relatos elaborados por missionários sobre esses órfãos, encontrados na revista Missioni Consolata e em alguns dos diários desses missionários encontrados nos arquivos da Consolata em Nairobi e Roma. Nesse sentido, interessa desenvolver uma reflexão sobre a difusão, por esses nativos, de modos de comportamento e ação “ocidentais”, particularmente no que concerne ao governo das aldeias e às relações interfamiliares, a partir da hipótese de que a incorporação de outras formas de gerir as relações familiares e de governo das aldeias teve influência na formação de uma nova elite nativa que participou da elaboração de um projeto de nação queniano. 

(*)El autor o autora no ha asociado ningún archivo a este artículo