AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Manifestações de ódio contra brasileiras em Portugal VL - IS - 2025 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2025 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2025/26/6758/manifestacoes-de-odio-contra-brasileiras-em-portugal DO - doi: AU - Iara Beleli A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 26/01/2025 KW - AB - Spanish: Nesta apresentação proponho uma reflexão sobre a proliferação dos discursos de ódio operacionalizados a partir da articulação de categorias de diferença (gênero, raça/etnia, classe, nacionalidade, entre outras). Ao acionar a ideia de cidadania participativa, a opinião pública é incitada a compartilhar nas redes sociais certa visão de mundo e a suspeitar de narrativas produzidas acerca das demandas por direitos. A isso se soma o cruzamento de cenários políticos e moralidades que estão na base da formulação dos discursos de ódio como uma resposta à crença de que alguém quer te destruir ou abalar teu modo de vida. Essa crença vai além da emoção individual e pode ser impregnada no tecido social. A partir de pesquisa realizada com imagens de migrantes brasileiras para Portugal nas redes sociais e jornais portugueses, à ideia da sexualidade/sensualidade das mulheres brasileiras, largamente reiterada em muitas pesquisas sobre o tema, nos últimos anos, se somam imagens que escancaram a xenofobia, antes apresentadas de forma mais velada. A intolerância, um primeiro passo para a perpetração das violências simbólicas, pautadas por textos/imagens “injuriosas”, desloca os potenciais argumentos contra a formulação de políticas de proteção dos direitos para a desqualificação de pessoas e/ou grupos que assumem a defesa de direitos. Os resultados da pesquisa indicam que, seja por meio de montagens fotográficas, seja por frases colocadas fora de contexto, expresssões de ódio, mais facilmente localizadas em discursos extremos, também são parte da produção de conteúdos por gente comum, não necessariamente alinhada a um determinado espectro da política. English: Nesta apresentação proponho uma reflexão sobre a proliferação dos discursos de ódio operacionalizados a partir da articulação de categorias de diferença (gênero, raça/etnia, classe, nacionalidade, entre outras). Ao acionar a ideia de cidadania participativa, a opinião pública é incitada a compartilhar nas redes sociais certa visão de mundo e a suspeitar de narrativas produzidas acerca das demandas por direitos. A isso se soma o cruzamento de cenários políticos e moralidades que estão na base da formulação dos discursos de ódio como uma resposta à crença de que alguém quer te destruir ou abalar teu modo de vida. Essa crença vai além da emoção individual e pode ser impregnada no tecido social. A partir de pesquisa realizada com imagens de migrantes brasileiras para Portugal nas redes sociais e jornais portugueses, à ideia da sexualidade/sensualidade das mulheres brasileiras, largamente reiterada em muitas pesquisas sobre o tema, nos últimos anos, se somam imagens que escancaram a xenofobia, antes apresentadas de forma mais velada. A intolerância, um primeiro passo para a perpetração das violências simbólicas, pautadas por textos/imagens “injuriosas”, desloca os potenciais argumentos contra a formulação de políticas de proteção dos direitos para a desqualificação de pessoas e/ou grupos que assumem a defesa de direitos. Os resultados da pesquisa indicam que, seja por meio de montagens fotográficas, seja por frases colocadas fora de contexto, expresssões de ódio, mais facilmente localizadas em discursos extremos, também são parte da produção de conteúdos por gente comum, não necessariamente alinhada a um determinado espectro da política. CR - Copyright; 2025 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -