AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - A antropologia e povos indígenas no brasil: uma perspectiva comparativa VL - IS - 2024 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2024 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2024/19/6137/a-antropologia-e-povos-indigenas-no-brasil-uma-perspectiva-comparativa DO - doi: AU - Stephen Baines A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 19/08/2024 KW - Antropologia AB - Spanish: Focalizamos a antropologia social que se pratica no Brasil junto a sociedades indígenas para examinar tentativas de definir um estilo nacional da disciplina. Ao examinar o período entre os anos 1920 e 1950, Roberto Cardoso de Oliveira distingue fases históricas da disciplina, marcadas na etnologia indígena pelo período “heroico” representado por Curt Nimuendaju, e o período “carismático” representado por Darcy Ribeiro, cujas orientações foram pautadas pela noção de cultura (cultural-funcionalismo), e Florestan Fernandes, orientado pela noção de estrutura (estrutural-funcionalismo) (Cardoso de Oliveira, 1988, p. 109-128). Darcy Ribeiro, insatisfeito com a abordagem culturalista, propôs a noção de “transfiguração étnica”, muito abrangente para ser aplicável no nível empírico. Roberto Cardoso de Oliveira rompeu teoricamente com a abordagem culturalista que predominava no Brasil na época e elaborou a noção de “fricção interétnica” (1964), mudando o foco de análise da cultura para as relações sociais entre indígenas e não-indígenas, noção explorada por seus primeiros alunos nos anos 1960, como Melatti, Laraia e DaMatta. A próxima geração, representada por João Pacheco de Oliveira e Eduardo Viveiros de Castro, resultou no surgimento de duas vertentes na etnologia indígena. Pacheco de Oliveira e seus seguidores se enredaram por uma antropologia histórica examinando sociedades indígenas no contexto da sociedade nacional, enquanto Viveiros de Castro e seus seguidores elaboraram o perspectivismo ameríndio, abordagem influenciada pelo estruturalismo de Claude Lévi-Strauss. Nos últimos anos, o ingresso de indígenas na antropologia vem trazendo mudanças à disciplina com a presença crescente de indígenas antropólogos, o que promete criar novos rumos na disciplina. English: Focalizamos a antropologia social que se pratica no Brasil junto a sociedades indígenas para examinar tentativas de definir um estilo nacional da disciplina. Ao examinar o período entre os anos 1920 e 1950, Roberto Cardoso de Oliveira distingue fases históricas da disciplina, marcadas na etnologia indígena pelo período “heroico” representado por Curt Nimuendaju, e o período “carismático” representado por Darcy Ribeiro, cujas orientações foram pautadas pela noção de cultura (cultural-funcionalismo), e Florestan Fernandes, orientado pela noção de estrutura (estrutural-funcionalismo) (Cardoso de Oliveira, 1988, p. 109-128). Darcy Ribeiro, insatisfeito com a abordagem culturalista, propôs a noção de “transfiguração étnica”, muito abrangente para ser aplicável no nível empírico. Roberto Cardoso de Oliveira rompeu teoricamente com a abordagem culturalista que predominava no Brasil na época e elaborou a noção de “fricção interétnica” (1964), mudando o foco de análise da cultura para as relações sociais entre indígenas e não-indígenas, noção explorada por seus primeiros alunos nos anos 1960, como Melatti, Laraia e DaMatta. A próxima geração, representada por João Pacheco de Oliveira e Eduardo Viveiros de Castro, resultou no surgimento de duas vertentes na etnologia indígena. Pacheco de Oliveira e seus seguidores se enredaram por uma antropologia histórica examinando sociedades indígenas no contexto da sociedade nacional, enquanto Viveiros de Castro e seus seguidores elaboraram o perspectivismo ameríndio, abordagem influenciada pelo estruturalismo de Claude Lévi-Strauss. Nos últimos anos, o ingresso de indígenas na antropologia vem trazendo mudanças à disciplina com a presença crescente de indígenas antropólogos, o que promete criar novos rumos na disciplina. CR - Copyright; 2024 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -