AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Urtigas, cardos e catacuzes – comida de escassez no alentejo VL - IS - 2024 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2024 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2024/19/6136/urtigas-cardos-e-catacuzes-comida-de-escassez-no-alentejo DO - doi: AU - de Albuquerque Piedade, Ana Felisbela A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 19/08/2024 KW - Alimentação, vinho, mulheres, gendrização, estereótipos, trabalho AB - Spanish: Pretende-se refletir acerca do modo como as plantas bravias, nomeadamente urtigas, cardos e catacuzes foram utilizadas na cozinha alentejana em tempos de escassez e pelos mais pobres, durante um longo período temporal.Apresentar-se-ão modos de colher, preparar e confecionar estes alimentos ditos “da pobreza” e o modo como integraram o receituário doméstico em tempos de escassez e, atualmente, enquanto elemento patrimonial e identitário de uma região.Abordar-se-á a construção da identidade e da transmissão de uma memória de grupo, social e histórica, a partir do acesso ou impedimento de consumo de determinados alimentos que, num mesmo território, dividiam as pessoas em grupos distintos. A “comida de fome” versus “comida de substância” ou de “alimento” é ainda hoje, uma marca na história das famílias e de indivíduos que, com um estatuto económico e social mais elevado que no passado, não lhe são indiferentes, ora recusando-a, ora reivindicando um saber ancestral convertido em património, que se apropria face aos “outros” (oriundos de outros lugares, que nunca souberam como preparar urtigas, cardos e catacuzes ou nunca os comeram).A metodologia adotada é de tipo qualitativo, privilegiando-se diferentes registos documentais e a informação recolhida durante trabalho de campo realizado nos concelhos de Beja, Serpa e Moura, desde 2011. English: Pretende-se refletir acerca do modo como as plantas bravias, nomeadamente urtigas, cardos e catacuzes foram utilizadas na cozinha alentejana em tempos de escassez e pelos mais pobres, durante um longo período temporal.Apresentar-se-ão modos de colher, preparar e confecionar estes alimentos ditos “da pobreza” e o modo como integraram o receituário doméstico em tempos de escassez e, atualmente, enquanto elemento patrimonial e identitário de uma região.Abordar-se-á a construção da identidade e da transmissão de uma memória de grupo, social e histórica, a partir do acesso ou impedimento de consumo de determinados alimentos que, num mesmo território, dividiam as pessoas em grupos distintos. A “comida de fome” versus “comida de substância” ou de “alimento” é ainda hoje, uma marca na história das famílias e de indivíduos que, com um estatuto económico e social mais elevado que no passado, não lhe são indiferentes, ora recusando-a, ora reivindicando um saber ancestral convertido em património, que se apropria face aos “outros” (oriundos de outros lugares, que nunca souberam como preparar urtigas, cardos e catacuzes ou nunca os comeram).A metodologia adotada é de tipo qualitativo, privilegiando-se diferentes registos documentais e a informação recolhida durante trabalho de campo realizado nos concelhos de Beja, Serpa e Moura, desde 2011. CR - Copyright; 2024 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -