AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - FAZER-SE MESTIÇO: A FRAUDE BRANCA NAS COMISSÕES DE HETEROIDENTIFICAÇÃO RACIAL VL - IS - 2023 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2023 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2023/27/5143/fazer-se-mestico-a-fraude-branca-nas-comissoes-de-heteroidentificacao-racial DO - doi: AU - Gabriela Machado Bacelar Rodrigues A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 27/09/2023 KW - fraude; mestiçagem; negros de pele clara; políticas afirmativas. AB - Spanish: As Comissão de heteroidentificação racial surgem, no Brasil, principalmente a partir das universidades públicas e após as denúncias de fraude perpetradas por sujeitos brancos, nas cotas raciais destinadas à população negra. A comissão da Universidade Federal da Bahia (UFBA), localizada na Roma Negra, ou “a cidade mais negra fora da África” – Salvador, é objeto desse trabalho. A partir de uma pesquisa de mestrado realizada com a Comissão de Aferição da AutodeclaraçãoÉtnico-Racial da UFBA, essa apresentação buscarefletir sobre a fraude branca no sistema de cotas raciais que, na experiência de heteroidentificaçãoracial, faz um corpo mestiço-negro. Esse fazer corporal, por meio damanipulação estética, é compreendido dentro do dispositivo da mestiçagem, e definidocomo um conjunto de técnicas discursivo-corporais, materialmente complementarao mito da democracia racial. Dois outros fenômenos cruzam essa questão:o crescimento populacional negro no Brasil e a ampliação das políticas afirmativasdestinadas a esse grupo. Mais pessoas estão denominando-se negras e, consequentemente,reivindicando acesso às cotas. Dessa forma, o problema do branco fraudadorestá sendo pensando, neste texto, em paralelo àqueles comumente apontados como“negros de pele clara” ou “pardos”: pessoas que se tornaram negras são as mesmas quefazem um corpo mestiço-negro para acessar as cotas? English: As Comissão de heteroidentificação racial surgem, no Brasil, principalmente a partir das universidades públicas e após as denúncias de fraude perpetradas por sujeitos brancos, nas cotas raciais destinadas à população negra. A comissão da Universidade Federal da Bahia (UFBA), localizada na Roma Negra, ou “a cidade mais negra fora da África” – Salvador, é objeto desse trabalho. A partir de uma pesquisa de mestrado realizada com a Comissão de Aferição da AutodeclaraçãoÉtnico-Racial da UFBA, essa apresentação buscarefletir sobre a fraude branca no sistema de cotas raciais que, na experiência de heteroidentificaçãoracial, faz um corpo mestiço-negro. Esse fazer corporal, por meio damanipulação estética, é compreendido dentro do dispositivo da mestiçagem, e definidocomo um conjunto de técnicas discursivo-corporais, materialmente complementarao mito da democracia racial. Dois outros fenômenos cruzam essa questão:o crescimento populacional negro no Brasil e a ampliação das políticas afirmativasdestinadas a esse grupo. Mais pessoas estão denominando-se negras e, consequentemente,reivindicando acesso às cotas. Dessa forma, o problema do branco fraudadorestá sendo pensando, neste texto, em paralelo àqueles comumente apontados como“negros de pele clara” ou “pardos”: pessoas que se tornaram negras são as mesmas quefazem um corpo mestiço-negro para acessar as cotas? CR - Copyright; 2023 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -