AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - RIO SÃO FRANCISCO ENQUANTO TERRITÓRIO INDÍGENA: RESISTÊNCIAS E CONFLITOS CONTRA AS POLÍTICAS ECONÔMICAS DO ESTADO BRASILEIRO VL - IS - 2023 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2023 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2023/27/5103/rio-sao-francisco-enquanto-territorio-indigena-resistencias-e-conflitos-contra-as-politicas-economicas-do-estado-brasileiro DO - doi: AU - André Valécio A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 27/09/2023 KW - Rio São Francisco; Povos Indígenas; Políticas Públicas; Direitos Humanos AB - Spanish: Ao ponderar a imprescindibilidade do rio São Francisco como ator medular para o desenvolvimento social, cultural e econômico para as comunidades indígenas no decorrer da história na região Nordeste do Brasil, remetemo-nos ao período pré-colombiano, quando foram descobertas pinturas rupestres em diferentes regiões, ao longo do curso do rio, conjecturando que os povos possuem uma relação intrínseca com as águas remontando a 3.500 anos atrás (Prous, 1992). Mesmo possuindo todas evidencias de que o rio São Francisco é fundamental para manutenção social e subjetiva das comunidade ameríndias, o Estado tem negligenciado veemente essas populações e os sistemas ecológicos, desenvolvendo megaprojetos como construções de hidroelétricas e a transposição do rio com o único objetivo, o desenvolvimento econômico do país. O que se tem observado é que o Estado encontrasse emparelhado com o império do mercado, sempre, faminto para devorar as possibilidades de crescimento econômico, sob tal perspectiva, não importando as destruições ambientais, culturais e subjetivas, até porque, como observa Guattari (1986), os sistemas de valores, colocam no mesmo plano de equipolência os sistemas ecológicos, os bens culturais e os bens materiais. Em decorrência dos diversos eventos supramencionados, o presente trabalho pretendeu refletir a respeito da relação sociocultural-subjetiva entre o rio São Francisco e os povos indígenas em meio aos diversos conflitos ocasionados pelas políticas de desenvolvimento energético do Estado brasileiro e as consequências dessas intervenções na inter-relação indígena/São Francisco, para tanto, fazendo uso do material coletado na etnografia realizada nos anos de 2015 até 20219 na aldeia ameríndia do Povo Tuxá.    English: Ao ponderar a imprescindibilidade do rio São Francisco como ator medular para o desenvolvimento social, cultural e econômico para as comunidades indígenas no decorrer da história na região Nordeste do Brasil, remetemo-nos ao período pré-colombiano, quando foram descobertas pinturas rupestres em diferentes regiões, ao longo do curso do rio, conjecturando que os povos possuem uma relação intrínseca com as águas remontando a 3.500 anos atrás (Prous, 1992). Mesmo possuindo todas evidencias de que o rio São Francisco é fundamental para manutenção social e subjetiva das comunidade ameríndias, o Estado tem negligenciado veemente essas populações e os sistemas ecológicos, desenvolvendo megaprojetos como construções de hidroelétricas e a transposição do rio com o único objetivo, o desenvolvimento econômico do país. O que se tem observado é que o Estado encontrasse emparelhado com o império do mercado, sempre, faminto para devorar as possibilidades de crescimento econômico, sob tal perspectiva, não importando as destruições ambientais, culturais e subjetivas, até porque, como observa Guattari (1986), os sistemas de valores, colocam no mesmo plano de equipolência os sistemas ecológicos, os bens culturais e os bens materiais. Em decorrência dos diversos eventos supramencionados, o presente trabalho pretendeu refletir a respeito da relação sociocultural-subjetiva entre o rio São Francisco e os povos indígenas em meio aos diversos conflitos ocasionados pelas políticas de desenvolvimento energético do Estado brasileiro e as consequências dessas intervenções na inter-relação indígena/São Francisco, para tanto, fazendo uso do material coletado na etnografia realizada nos anos de 2015 até 20219 na aldeia ameríndia do Povo Tuxá.    CR - Copyright; 2023 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -