AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - A IRONIA DO GRAFFITI: ENTRE O CRIME, A ARTE E O TRABALHO. UM ESTUDO ETNOGRÁFICO NA CIDADE DE BELO HORIZONTE. VL - IS - 2023 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2023 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2023/27/5021/a-ironia-do-graffiti-entre-o-crime-a-arte-e-o-trabalho-um-estudo-etnografico-na-cidade-de-belo-horizonte DO - doi: AU - de Abreu Ribeiro, Rodrigo A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 27/09/2023 KW - cidade; arte urbana; graffiti; trabalho; etnografia AB - Spanish: Nossa proposta é apresentar uma pesquisa em desenvolvimento na área de antropologia urbana que aborda as relações entre grafiteiros e o mundo do trabalho na cidade de Belo Horizonte. O principal objetivo é analisar como esses atores sociais organizam seus recursos (técnicas e saberes) para acessar o mercado. A metodologia é etnográfica, com técnicas de observação participante e entrevistas em profundidade realizadas com artistas procedentes de regiões periféricas. O graffiti, originalmente uma forma de comunicação paralela às estruturas formais de controle, considerado poluição visual a ser punida como crime, incorporou novos sentidos, sendo reconhecido como arte pelos moradores da cidade. Antes classificados como transgressores das normativas sociais, os grafiteiros passam a ter suas produções inseridas na paisagem urbana por meio do incentivo do poder público e da iniciativa privada. Ainda assim, o graffiti é uma prática excluída do mercado formal de trabalho e os artistas enfrentam problemas de acesso em circuitos comerciais e espaços de visibilidade. Os resultados apontam que o grupo participante da pesquisa, para garantir a sua sobrevivência, investe na busca por linguagens localizadas nas intersecções entre seus recursos e as competências demandadas pelo mercado e permitidas por leis, promovendo uma série de adaptações no âmbito da estética, técnicas e ferramentas. Por outra parte, eles mantêm práticas vandálicas, desafiando linguagens institucionalizadas. Podemos constatar nas narrativas de nossos interlocutores que essas estratégias geram um universo de contradições que contribuem para a construção de uma identidade híbrida, que transita entre o crime, a arte e o mundo do trabalho. English: Nossa proposta é apresentar uma pesquisa em desenvolvimento na área de antropologia urbana que aborda as relações entre grafiteiros e o mundo do trabalho na cidade de Belo Horizonte. O principal objetivo é analisar como esses atores sociais organizam seus recursos (técnicas e saberes) para acessar o mercado. A metodologia é etnográfica, com técnicas de observação participante e entrevistas em profundidade realizadas com artistas procedentes de regiões periféricas. O graffiti, originalmente uma forma de comunicação paralela às estruturas formais de controle, considerado poluição visual a ser punida como crime, incorporou novos sentidos, sendo reconhecido como arte pelos moradores da cidade. Antes classificados como transgressores das normativas sociais, os grafiteiros passam a ter suas produções inseridas na paisagem urbana por meio do incentivo do poder público e da iniciativa privada. Ainda assim, o graffiti é uma prática excluída do mercado formal de trabalho e os artistas enfrentam problemas de acesso em circuitos comerciais e espaços de visibilidade. Os resultados apontam que o grupo participante da pesquisa, para garantir a sua sobrevivência, investe na busca por linguagens localizadas nas intersecções entre seus recursos e as competências demandadas pelo mercado e permitidas por leis, promovendo uma série de adaptações no âmbito da estética, técnicas e ferramentas. Por outra parte, eles mantêm práticas vandálicas, desafiando linguagens institucionalizadas. Podemos constatar nas narrativas de nossos interlocutores que essas estratégias geram um universo de contradições que contribuem para a construção de uma identidade híbrida, que transita entre o crime, a arte e o mundo do trabalho. CR - Copyright; 2023 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -