AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - A CRENÇA NA INFERIORIDADE MORAL E INTELECTUAL DAS CRIANÇAS POBRES EM PORTUGAL VL - IS - 2023 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2023 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2023/27/4901/a-crenca-na-inferioridade-moral-e-intelectual-das-criancas-pobres-em-portugal DO - doi: AU - Guerra, Joana A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 27/09/2023 KW - Pobreza Infantil; Pedagogia Corretiva; Higienismo; Darwinismo; Eugenismo AB - Spanish: O combate à pobreza na infância era entendido como essencial, não só para debelar os “males sociais”, à luz dos novos preceitos higienistas, mas também como defesa de uma conceção de aperfeiçoamento da raça. A moralização dos pobres desde a infância impunha-se, então, como uma responsabilidade do Estado, obrigando à criação de instituições de assistência educativa social e higiénica, tendo por base conceções cientistas e pedagógicas que não escapavam às influências darwinistas e eugénicas. Vão no mesmo sentido as pedagogias corretivas então dominantes, centradas em respostas no domínio da educação moral e terapêutica para crianças em situação de pobreza, quando muitas das suas insuficiências eram sociais e ambientais. Muitas das medidas corretivas derivavam de diagnósticos médicos e psicológicos, rotulando as crianças inadaptadas como «incorrigíveis», «rebeldes» e «psicopatas», quando muitas das suas insuficiências tinham origem na sua condição socioeconómica. Subjacente a tudo isto, estava a crença normalizada sobre a inferioridade intelectual e moral das crianças em situação de pobreza. English: O combate à pobreza na infância era entendido como essencial, não só para debelar os “males sociais”, à luz dos novos preceitos higienistas, mas também como defesa de uma conceção de aperfeiçoamento da raça. A moralização dos pobres desde a infância impunha-se, então, como uma responsabilidade do Estado, obrigando à criação de instituições de assistência educativa social e higiénica, tendo por base conceções cientistas e pedagógicas que não escapavam às influências darwinistas e eugénicas. Vão no mesmo sentido as pedagogias corretivas então dominantes, centradas em respostas no domínio da educação moral e terapêutica para crianças em situação de pobreza, quando muitas das suas insuficiências eram sociais e ambientais. Muitas das medidas corretivas derivavam de diagnósticos médicos e psicológicos, rotulando as crianças inadaptadas como «incorrigíveis», «rebeldes» e «psicopatas», quando muitas das suas insuficiências tinham origem na sua condição socioeconómica. Subjacente a tudo isto, estava a crença normalizada sobre a inferioridade intelectual e moral das crianças em situação de pobreza. CR - Copyright; 2023 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -