AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - TENSÃO, DIREITOS, AUTORIDADE NO QUOTIDIANO PRISIONAL VL - IS - 2022 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2022 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2022/12/4568/tensao-direitos-autoridade-no-quotidiano-prisional DO - doi: AU - FROIS, CATARINA A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 12/08/2022 KW - Direitos, Autoridade, Agência, Prisão, Mulheres AB - Spanish: Na prisão, embora o quotidiano possa ser considerado frustrante pelas reclusas — «É sempre igual, os dias são todos iguais uns aos outros» —, são essas cadências que conferem estabilidade e previsibilidade relativamente ao amanhã, ao dia que se segue. Tudo está estruturado e previsto numa determinada ordem imposta e determinada pela instituição (que priva o sujeito da sua autonomia e agencialidade). Para quem esteja apenas a observar esse movimento, abstraído da sua motivação ou intencionalidade, a vida na prisão parece uma onda que se desloca num ritmo repetitivo sem que seja dado sinal ou que algo o faça prever. É quando se quebra essa ordem que a regulamentação rígida demonstra a sua razão de existir, uma vez que origina precisamente o seu contrário: reivindicações, conflitos, frustrações e ansiedades, que se materializam no confronto das relações dentro do espaço prisional. Com base em trabalho de pesquisa levado a cabo numa prisão feminina no sul de Portugal, nesta comunicação centro-me na análise da tensão e conflito emergentes no quotidiano prisional em torno da reivindicação de direitos e do exercício da autoridade. English: Na prisão, embora o quotidiano possa ser considerado frustrante pelas reclusas — «É sempre igual, os dias são todos iguais uns aos outros» —, são essas cadências que conferem estabilidade e previsibilidade relativamente ao amanhã, ao dia que se segue. Tudo está estruturado e previsto numa determinada ordem imposta e determinada pela instituição (que priva o sujeito da sua autonomia e agencialidade). Para quem esteja apenas a observar esse movimento, abstraído da sua motivação ou intencionalidade, a vida na prisão parece uma onda que se desloca num ritmo repetitivo sem que seja dado sinal ou que algo o faça prever. É quando se quebra essa ordem que a regulamentação rígida demonstra a sua razão de existir, uma vez que origina precisamente o seu contrário: reivindicações, conflitos, frustrações e ansiedades, que se materializam no confronto das relações dentro do espaço prisional. Com base em trabalho de pesquisa levado a cabo numa prisão feminina no sul de Portugal, nesta comunicação centro-me na análise da tensão e conflito emergentes no quotidiano prisional em torno da reivindicação de direitos e do exercício da autoridade. CR - Copyright; 2022 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -