AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Da raiz ao Som - o Encadeamento de Interesses do Instrumentista Construtor. VL - IS - 2022 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2022 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2022/12/4252/da-raiz-ao-som-o-encadeamento-de-interesses-do-instrumentista-construtor DO - doi: AU - José Paulo Torres Vaz de Carvalho A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 12/08/2022 KW - instrumentos musicais, intérprete-construtor, construção de guitarras, atlântico sensível AB - Spanish: A profissão de músico abre-se, como as outras, à especialização. A necessidade de apuramento de técnicas, conhecimento de repertório, envolventes históricas e estéticas e necessidade de ajustamento performático a instrumentos coevos determinam a concentração do músico numa só função e área específica. O instrumento é um factor determinante mas também determinado pela enquadramento histórico do repertório. Pode existir ou não concordância perfeita entre intérprete, repertório e instrumento. Ao adoptar o melhor instrumento para um repertório, o músico pode trair o seu gosto. Em contrapartida, a conjunção de repertório/instrumento / intérprete pode levá-lo a tentar a concepção ou construção dos seus próprios instrumentos, criando “a sua própria voz instrumental”, exercendo uma actividade compensatória da sua necessidade de autoidentificação e, para isso, alargando a sua actividade no sentido oposto ao da especialização. Tocado por este factor, tenho questionado conceitos e preconceitos de uso de instrumentos, construindo ou desenhando guitarras considerando características e finalides. Daí resulta uma pequena colecção de guitarras desenvolvidas sempre a partir de alguma questão interpretativa, acústica ou mecânica. Esta actividade, com relativo significado na organologia, abala contudo a ideia de que o músico é, tendencialmente, um especialista de um só segmento da actividade musical. English: A profissão de músico abre-se, como as outras, à especialização. A necessidade de apuramento de técnicas, conhecimento de repertório, envolventes históricas e estéticas e necessidade de ajustamento performático a instrumentos coevos determinam a concentração do músico numa só função e área específica. O instrumento é um factor determinante mas também determinado pela enquadramento histórico do repertório. Pode existir ou não concordância perfeita entre intérprete, repertório e instrumento. Ao adoptar o melhor instrumento para um repertório, o músico pode trair o seu gosto. Em contrapartida, a conjunção de repertório/instrumento / intérprete pode levá-lo a tentar a concepção ou construção dos seus próprios instrumentos, criando “a sua própria voz instrumental”, exercendo uma actividade compensatória da sua necessidade de autoidentificação e, para isso, alargando a sua actividade no sentido oposto ao da especialização. Tocado por este factor, tenho questionado conceitos e preconceitos de uso de instrumentos, construindo ou desenhando guitarras considerando características e finalides. Daí resulta uma pequena colecção de guitarras desenvolvidas sempre a partir de alguma questão interpretativa, acústica ou mecânica. Esta actividade, com relativo significado na organologia, abala contudo a ideia de que o músico é, tendencialmente, um especialista de um só segmento da actividade musical. CR - Copyright; 2022 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -