AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - EU JÁ AGUENTEI MUITA GENTE NESSA VIDA: SOBRE CUIDADOS, GÊNERO E GERAÇÃO EM FAMÍLIAS CABOVERDIANAS VL - IS - 2022 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2022 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2022/12/4222/eu-ja-aguentei-muita-gente-nessa-vida-sobre-cuidados-genero-e-geracao-em-familias-caboverdianas DO - doi: AU - Andréa Lobo A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 12/08/2022 KW - Cuidado, Gênero, Greação, Cabo Verde AB - Spanish: A presente proposta pretende pensar sobre a categoria cuidado quando atravessada pelas dinâmicas de gênero e geração na sociedade caboverdiana. Frequentemente associado ao universo feminino o ato de cuidar é de fundamental importância para as dinâmicas familiares nesta sociedade que é fortemente marcada por mobilidades de múltiplas ordens - entre pessoas, vilas, cidades, ilhas, países. O interesse de minha reflexão é duplo. Primeiramente quero pensar sobre o cuidado a partir do idioma local expresso pela categoria aguentar. Essa expressão do crioulo de Cabo Verde carrega em si múltiplos significados que nos permitem compreender o valor de cuidar na construção da pessoa ao longo de seu percurso de vida. Por meio dela poderemos adentrar nas relações de gênero e geração que se constroem no contexto familiar das denominadas famílias espalhadas (Lobo, 2014). Meu segundo movimento será o de refletir sobre políticas do estado caboverdiano que se voltam para um processo de normatização das dinâmicas familiares no arquipélago e os debates que tais políticas de governo têm suscitado na sociedade caboverdiana. Tais reflexões são resultado de pesquisa etnográfica na cidade da Praia, bem como da análise de políticas estatais destinadas a pensar e normatizar as dinâmicas familiares nos três últimos governos. O que desejo com tais reflexões é complexificar as noções de cuidar ao observar as diversas disputas sobre o universo dos cuidados: como, quando, quem cuida ou deve cuidar não compõem um campo que está dado, mas que é construído e constrói pessoas e moralidades nesta sociedade marcada por fluxos diversos. English: A presente proposta pretende pensar sobre a categoria cuidado quando atravessada pelas dinâmicas de gênero e geração na sociedade caboverdiana. Frequentemente associado ao universo feminino o ato de cuidar é de fundamental importância para as dinâmicas familiares nesta sociedade que é fortemente marcada por mobilidades de múltiplas ordens - entre pessoas, vilas, cidades, ilhas, países. O interesse de minha reflexão é duplo. Primeiramente quero pensar sobre o cuidado a partir do idioma local expresso pela categoria aguentar. Essa expressão do crioulo de Cabo Verde carrega em si múltiplos significados que nos permitem compreender o valor de cuidar na construção da pessoa ao longo de seu percurso de vida. Por meio dela poderemos adentrar nas relações de gênero e geração que se constroem no contexto familiar das denominadas famílias espalhadas (Lobo, 2014). Meu segundo movimento será o de refletir sobre políticas do estado caboverdiano que se voltam para um processo de normatização das dinâmicas familiares no arquipélago e os debates que tais políticas de governo têm suscitado na sociedade caboverdiana. Tais reflexões são resultado de pesquisa etnográfica na cidade da Praia, bem como da análise de políticas estatais destinadas a pensar e normatizar as dinâmicas familiares nos três últimos governos. O que desejo com tais reflexões é complexificar as noções de cuidar ao observar as diversas disputas sobre o universo dos cuidados: como, quando, quem cuida ou deve cuidar não compõem um campo que está dado, mas que é construído e constrói pessoas e moralidades nesta sociedade marcada por fluxos diversos. CR - Copyright; 2022 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -