AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - O CUIDADO SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19. DIMENSÕES PSICOSSOCIAIS DA PRÁTICA DA AJUDA-MÚTUA NA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA. VL - IS - 2022 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2022 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2022/12/4220/o-cuidado-social-em-tempos-de-pandemia-da-covid-19-dimensoes-psicossociais-da-pratica-da-ajuda-mutua-na-area-metropolitana-de-lisboa DO - doi: AU - Iolanda Maria Alves Évora A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 12/08/2022 KW - entreajuda, afrodescendentes, covid-19, psicologia social, Portugal AB - Spanish: A partir de um estudo de caso, analisamos as dimensões psicossociais da prática da ajuda-mútua (conhecida como Djunta-mon) protagonizada por jovens africanos e descendentes de africanos na Área Metropolitana de Lisboa (AML).  Buscamos entender quais as modalidades aplicadas de práticas de cuidado social, as competências demonstradas para a resposta no âmbito local/social e as ferramentas utilizadas para a prestação eficiente do cuidado social. Foram realizadas entrevistas (em profundidade) a integrantes de grupos e coletivos ,com diferentes perfis e formas de atuação nos bairros da AML, que se responsabilizaram pelo apoio diário às comunidades durante a pandemia, distribuindo bens alimentares e materiais entre os mais carenciados. Consideramos que a eficiência da autogestão do cotidiano da rede de ajuda-mútua, a rapidez na tomada de decisão e na identificação das necessidades, além da eficácia da ajuda demonstradas confirmam a solidez do repertório de respostas de solidariedade social historicamente enraizado e utilizado pelas comunidades de africanos e afrodescendentes em Portugal. Esses elementos mostram que foi possível, aos jovens envolvidos, acessar a tal repertório nos seus contextos de vida, em contraste com a fraca resposta institucional e as falhas de cobertura dos apoios do Estado, autarquias e IPSS junto às populações mais carenciadas. A análise refere-se, ainda, à relação entre atuação social e política no cotidiano, na medida em que a rede de entre-ajuda criada pelos jovens, além da prestação de auxílio social, apresentou-se como organização política (de cidadania) e de resistência ao modo (limitado) assistencialista e paternalista de serviço social.  English: A partir de um estudo de caso, analisamos as dimensões psicossociais da prática da ajuda-mútua (conhecida como Djunta-mon) protagonizada por jovens africanos e descendentes de africanos na Área Metropolitana de Lisboa (AML).  Buscamos entender quais as modalidades aplicadas de práticas de cuidado social, as competências demonstradas para a resposta no âmbito local/social e as ferramentas utilizadas para a prestação eficiente do cuidado social. Foram realizadas entrevistas (em profundidade) a integrantes de grupos e coletivos ,com diferentes perfis e formas de atuação nos bairros da AML, que se responsabilizaram pelo apoio diário às comunidades durante a pandemia, distribuindo bens alimentares e materiais entre os mais carenciados. Consideramos que a eficiência da autogestão do cotidiano da rede de ajuda-mútua, a rapidez na tomada de decisão e na identificação das necessidades, além da eficácia da ajuda demonstradas confirmam a solidez do repertório de respostas de solidariedade social historicamente enraizado e utilizado pelas comunidades de africanos e afrodescendentes em Portugal. Esses elementos mostram que foi possível, aos jovens envolvidos, acessar a tal repertório nos seus contextos de vida, em contraste com a fraca resposta institucional e as falhas de cobertura dos apoios do Estado, autarquias e IPSS junto às populações mais carenciadas. A análise refere-se, ainda, à relação entre atuação social e política no cotidiano, na medida em que a rede de entre-ajuda criada pelos jovens, além da prestação de auxílio social, apresentou-se como organização política (de cidadania) e de resistência ao modo (limitado) assistencialista e paternalista de serviço social.  CR - Copyright; 2022 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -