AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - DIFERENTES VOZES DO DIÁLOGO EM PRÁTICAS EDUCATIVAS EM ALIMENTAÇÃO VL - IS - 2015 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2015 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/20/4/diferentes-vozes-do-dialogo-em-praticas-educativas-em-alimentacao DO - doi:2015.AR0005540 AU - Aballo Nunes Machado, Paula A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/09/2019 KW - AB - Spanish: As concepções de alimentação saudável variam ao longo de um processo social e histórico, e muitas vezes estão idealizadas em modelos normativos incorporados não intencionalmente na cultura local. A percepção de bom e ruim é ressignificada no diálogo entre os agentes sociais considerando a prática educativa como um locus de trocas simbólicas e a educação como comunicação e diálogo. Essa pesquisa toma o diálogo em torno do comer como mediador de trocas simbólicas, capaz de reproduzir sentidos e significados de construções de uma “boa educação alimentar”. O objetivo desse estudo é analisar criticamente algumas práticas educativas de oficinas culinárias de extensão universitária em escolas públicas brasileiras de ensino básico quanto ao aspecto comunicacional e dialógico. A partir de uma análise aprofundada das relações entre os agentes sociais e entrevistas, em duas escolas no ano de 2014, verificamos que os agentes das práticas compartilham e disputam significados acerca do comer saudável, reproduzindo posições estereotipadas condizentes com uma cultura de dominação simbólica onde o que predomina é o julgamento entre um comer certo e errado. O diálogo opera variadas ‘vozes’ concomitantes e concorrentes que se revelam em gestos e impressões de afetividade em relação ao comer, mas fica clara a necessidade de normas de referência a um padrão de ‘bem comer’. Observamos que a culinária local ainda que opere como uma ‘voz’ do povo, respeitada pelos educadores, não predomina nem alcança valor relevante no diálogo. Consideramos um desafio a desnaturalização de um padrão de comer certo presente nas práticas educativas em alimentação. English: As concepções de alimentação saudável variam ao longo de um processo social e histórico, e muitas vezes estão idealizadas em modelos normativos incorporados não intencionalmente na cultura local. A percepção de bom e ruim é ressignificada no diálogo entre os agentes sociais considerando a prática educativa como um locus de trocas simbólicas e a educação como comunicação e diálogo. Essa pesquisa toma o diálogo em torno do comer como mediador de trocas simbólicas, capaz de reproduzir sentidos e significados de construções de uma “boa educação alimentar”. O objetivo desse estudo é analisar criticamente algumas práticas educativas de oficinas culinárias de extensão universitária em escolas públicas brasileiras de ensino básico quanto ao aspecto comunicacional e dialógico. A partir de uma análise aprofundada das relações entre os agentes sociais e entrevistas, em duas escolas no ano de 2014, verificamos que os agentes das práticas compartilham e disputam significados acerca do comer saudável, reproduzindo posições estereotipadas condizentes com uma cultura de dominação simbólica onde o que predomina é o julgamento entre um comer certo e errado. O diálogo opera variadas ‘vozes’ concomitantes e concorrentes que se revelam em gestos e impressões de afetividade em relação ao comer, mas fica clara a necessidade de normas de referência a um padrão de ‘bem comer’. Observamos que a culinária local ainda que opere como uma ‘voz’ do povo, respeitada pelos educadores, não predomina nem alcança valor relevante no diálogo. Consideramos um desafio a desnaturalização de um padrão de comer certo presente nas práticas educativas em alimentação. CR - Copyright; 2015 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -