AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e suas pautas morais VL - IS - 2021 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2021 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2021/20/3985/o-ministerio-da-mulher-da-familia-e-dos-direitos-humanos-e-suas-pautas-morais DO - doi: AU - Iara Beleli A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/08/2021 KW - Diferenças; Moralidades; Mídias Digitais; Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; discursos de ódio. AB - Spanish: A popularização das mídias digitais e da internet tem acelerado a participação de sujeitos comuns na política brasileira. Nesta apresentação proponho uma reflexão sobre as pautas do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro que circularam por variadas mídias em 2019. Em um momento pautado pela horizontalização das produções, as notícias e os comentários a elas parece ser parte de um processo de ampliação dos discursos de ódio, na maioria das vezes entrelaçado ao contexto político nacional, associando os movimentos sociais, especialmente as femininistas, a determinados partidos políticos. Presto particular atenção aos comentários a essa produção que, mesmo com retóricas distintas, parecem sugerir a necessidade de uma certa ordem moral. As notícias incentivam os internautas a fazer comparações com suas próprias histórias vividas no cotidiano e, cada vez mais, expor suas moralidades. Essa exposição tem revelado um conservadorismo no que remete às questões de gênero e sexualidade, na maioria dos casos, reivindicando a manutenção da “normalidade”, apoiando algumas pautas deste Ministério. Esses discursos, perpassados pelo constrangimento de pessoas e/ou grupos que defendem os direitos humanos, menos do que argumentar, desqualificam esses sujeitos, ao criar nomeações – feminazis, comunistas – cujos significados não remetem à historiacização dos movimentos, mas ganham status de categoria acusatória. A pesquisa foi realizada em jornais brasileiros de grande circulação on line, blogs e páginas da Web. English: A popularização das mídias digitais e da internet tem acelerado a participação de sujeitos comuns na política brasileira. Nesta apresentação proponho uma reflexão sobre as pautas do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro que circularam por variadas mídias em 2019. Em um momento pautado pela horizontalização das produções, as notícias e os comentários a elas parece ser parte de um processo de ampliação dos discursos de ódio, na maioria das vezes entrelaçado ao contexto político nacional, associando os movimentos sociais, especialmente as femininistas, a determinados partidos políticos. Presto particular atenção aos comentários a essa produção que, mesmo com retóricas distintas, parecem sugerir a necessidade de uma certa ordem moral. As notícias incentivam os internautas a fazer comparações com suas próprias histórias vividas no cotidiano e, cada vez mais, expor suas moralidades. Essa exposição tem revelado um conservadorismo no que remete às questões de gênero e sexualidade, na maioria dos casos, reivindicando a manutenção da “normalidade”, apoiando algumas pautas deste Ministério. Esses discursos, perpassados pelo constrangimento de pessoas e/ou grupos que defendem os direitos humanos, menos do que argumentar, desqualificam esses sujeitos, ao criar nomeações – feminazis, comunistas – cujos significados não remetem à historiacização dos movimentos, mas ganham status de categoria acusatória. A pesquisa foi realizada em jornais brasileiros de grande circulação on line, blogs e páginas da Web. CR - Copyright; 2021 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -