AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - DA INTERCULTURALIDADE PLURINACIONAL À VIOLÊNCIA ESTRUTURAL: AS VOZES SUBALTERNAS DE UMA COMUNIDADE AFRO-DESCENDENTE NO EQUADOR NA LUTA PELO TERRITÓRIO VL - IS - 2016 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2016 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/20/395/da-interculturalidade-plurinacional-a-violencia-estrutural-as-vozes-subalternas-de-uma-comunidade-afro-descendente-no-equador-na-luta-pelo-territorio DO - doi:2016.AR0008310 AU - Carlet, Flávia A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/09/2019 KW - colonialidade, condição subalterna negra, resistência comunitária AB - Spanish:

Neste trabalho propõe-se revisitar a colonialidade que permeia o existencialismo da condição subalterna negra/afrodescendente no Equador tomando-se por base considerações levantadas num trabalho de campo realizado junto a uma comunidade auto-designada comunidade negra La Chiquita, localizada no noroeste do país.Esta reflexão rende-se à sua situação marginalizada, por um lado, face à tessitura societal de que faz parte e, por outro lado, quanto às narrativas e lutas jurídico-políticas que produz para afirmar a sua memória e identidade frente ao “anonimato coletivo” a que têm sido historicamente submetidas as populações negras desde a retórica nominalista do Estado equatoriano.As ambiguidades deste complexo terreno [essencialismos estatistas e estratégias vinculadas ao manejo da identidade] têm garantido o direito à permanência de La Chiquita no 'território ancestral' - ainda que baixo uma forte pressão político-economicista -, e possibilitado resistir aos predicados do Estado-nação e do seu projeto de desenvolvimento condescendente à expansão do monocultivo de palma azeiteira nas proximidades do cobiçado território comunitário.Desde uma mirada crítica epistemológica à retórica do Estado que os reconhece como ‘ancestrais’ [sob toda a dubiedade do ethos da colonialidade na América Latina] e a contrapelo dos marcos discursivos que "ensombrecem" a política multiculturalista equatoriana da última década visa-se, com o auxílio da sociologia jurídica crítica e da antropologia reflexiva, tecer contribuições ao panorama de violência estrutural de que são alvo face à intempestividade da sua 'voz subalterna'.

English:

Neste trabalho propõe-se revisitar a colonialidade que permeia o existencialismo da condição subalterna negra/afrodescendente no Equador tomando-se por base considerações levantadas num trabalho de campo realizado junto a uma comunidade auto-designada comunidade negra La Chiquita, localizada no noroeste do país.Esta reflexão rende-se à sua situação marginalizada, por um lado, face à tessitura societal de que faz parte e, por outro lado, quanto às narrativas e lutas jurídico-políticas que produz para afirmar a sua memória e identidade frente ao “anonimato coletivo” a que têm sido historicamente submetidas as populações negras desde a retórica nominalista do Estado equatoriano.As ambiguidades deste complexo terreno [essencialismos estatistas e estratégias vinculadas ao manejo da identidade] têm garantido o direito à permanência de La Chiquita no 'território ancestral' - ainda que baixo uma forte pressão político-economicista -, e possibilitado resistir aos predicados do Estado-nação e do seu projeto de desenvolvimento condescendente à expansão do monocultivo de palma azeiteira nas proximidades do cobiçado território comunitário.Desde uma mirada crítica epistemológica à retórica do Estado que os reconhece como ‘ancestrais’ [sob toda a dubiedade do ethos da colonialidade na América Latina] e a contrapelo dos marcos discursivos que "ensombrecem" a política multiculturalista equatoriana da última década visa-se, com o auxílio da sociologia jurídica crítica e da antropologia reflexiva, tecer contribuições ao panorama de violência estrutural de que são alvo face à intempestividade da sua 'voz subalterna'.

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