AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Histórias diversas, mulheres únicas: a história oral como ferramenta de democratização de vozes VL - IS - 2021 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2021 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2021/20/3855/historias-diversas-mulheres-unicas-a-historia-oral-como-ferramenta-de-democratizacao-de-vozes DO - doi:2021.AR0002750 AU - Ermida Barbosa, Vera Lúcia A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/08/2021 KW - Pensamento decolonial; mulheres; historiografia; diversidade, reexistência AB - Spanish: O pensamento decolonial convoca a compreensão de que as ações emancipatórias são resultantes de processos pelo meio dos quais re-conhecemos outras histórias, trajetórias e formas de ser e estar no mundo, distintas da lógica racional do capitalismo contemporâneo como expressão cultural. Esse caminho teórico segue humanizando a existência no sentido de reconhecer a dignidade dos/as que, por força do projeto hegemônico moderno/colonial sofreram processos de desumanização. Nesse sentido, é necessário dar visibilidade a diversidade das lutas contra a colonialidade travadas na cotidianidade a partir das pessoas e de suas práticas sociais, pois delas emergem novos sujeitos políticos, nova autoridade discursiva e representação cultural. Esta perspectiva desafia as narrativas hegemônicas e amplia o interesse no uso da memória e história oral como metodologias de pesquisa, estabelecendo relações entre história, memória, saber e poder. Esta comunicação enfatiza a reivindicação da presença das mulheres na historiografia no sentido de superar as lacunas da “história única” imposta pelo sistema moderno/colonial de gênero. A presente reflexão se apoia na narrativa de Dona Augusta, moradora do povoado do Bichinho em Minas Gerais, Brasil, que compõe a pesquisa etnográfica pós-doutoral realizada em Janeiro de 2020. Ao descrever sua trajetória, a protagonista explicita a força necessária para produzir a vida familiar em um universo rural patriarcal, onde a pobreza desafia a sobrevivência. Sua “outra história” evidencia os atos invisíveis de autonomia e protagonismo de uma mulher única, como tantas outras, que transforma o cotidiano doméstico em principal lugar de reexistência. English: O pensamento decolonial convoca a compreensão de que as ações emancipatórias são resultantes de processos pelo meio dos quais re-conhecemos outras histórias, trajetórias e formas de ser e estar no mundo, distintas da lógica racional do capitalismo contemporâneo como expressão cultural. Esse caminho teórico segue humanizando a existência no sentido de reconhecer a dignidade dos/as que, por força do projeto hegemônico moderno/colonial sofreram processos de desumanização. Nesse sentido, é necessário dar visibilidade a diversidade das lutas contra a colonialidade travadas na cotidianidade a partir das pessoas e de suas práticas sociais, pois delas emergem novos sujeitos políticos, nova autoridade discursiva e representação cultural. Esta perspectiva desafia as narrativas hegemônicas e amplia o interesse no uso da memória e história oral como metodologias de pesquisa, estabelecendo relações entre história, memória, saber e poder. Esta comunicação enfatiza a reivindicação da presença das mulheres na historiografia no sentido de superar as lacunas da “história única” imposta pelo sistema moderno/colonial de gênero. A presente reflexão se apoia na narrativa de Dona Augusta, moradora do povoado do Bichinho em Minas Gerais, Brasil, que compõe a pesquisa etnográfica pós-doutoral realizada em Janeiro de 2020. Ao descrever sua trajetória, a protagonista explicita a força necessária para produzir a vida familiar em um universo rural patriarcal, onde a pobreza desafia a sobrevivência. Sua “outra história” evidencia os atos invisíveis de autonomia e protagonismo de uma mulher única, como tantas outras, que transforma o cotidiano doméstico em principal lugar de reexistência. CR - Copyright; 2021 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -