AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - As relações de poder e o acesso ao terreno de pesquisa: A imprevisibilidade como condição para a construção do conhecimento antropológico. VL - IS - 2021 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2021 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2021/20/3662/as-relacoes-de-poder-e-o-acesso-ao-terreno-de-pesquisa-a-imprevisibilidade-como-condicao-para-a-construcao-do-conhecimento-antropologico DO - doi:2021.AR0000810 AU - Carapeto, Mafalda A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/08/2021 KW - SEF; Conhecimento Antropológico; Imprevisibilidade; Vulnerabilidade; Relações de poder AB - Spanish: Esta comunicação explora a necessidade de o investigador incluir na reflexão etnográfica as imprevisibilidades relacionadas com o acesso ao terreno, como condição para a construção do conhecimento antropológico. Prestes a iniciar o meu trabalho de campo, que visa compreender o modo como o Estado Português gere a mobilidade na fronteira externa portuguesa, através da atuação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), fui confrontada não só com a pandemia, como também com o homicídio do cidadão ucraniano Ilhor Homenyuk, por parte de três inspetores do SEF. Tais eventos impediram a minha entrada no terreno, ao qual já me tinha sido concedido o acesso. Apesar de o objeto de pesquisa permanecer em construção através da pesquisa documental, a minha relação com o terreno tem permanecido meramente platónica, aguardando ansiosamente pela entrada efetiva. A partir das relações de poder envolvidas na negociação do acesso ao terreno, entre o investigador e os sujeitos da pesquisa, tenciono refletir sobre a dependência metodológica sentida no desencadear desta série de constrangimentos externos que adiaram a minha ida para campo. Neste sentido, busco refletir sobre como as situações com as quais tenho sido confrontada, possibilitam não só conhecimento sobre o objeto de pesquisa, como também colocam a descoberto a sua vulnerabilidade e a do investigador. English: Esta comunicação explora a necessidade de o investigador incluir na reflexão etnográfica as imprevisibilidades relacionadas com o acesso ao terreno, como condição para a construção do conhecimento antropológico. Prestes a iniciar o meu trabalho de campo, que visa compreender o modo como o Estado Português gere a mobilidade na fronteira externa portuguesa, através da atuação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), fui confrontada não só com a pandemia, como também com o homicídio do cidadão ucraniano Ilhor Homenyuk, por parte de três inspetores do SEF. Tais eventos impediram a minha entrada no terreno, ao qual já me tinha sido concedido o acesso. Apesar de o objeto de pesquisa permanecer em construção através da pesquisa documental, a minha relação com o terreno tem permanecido meramente platónica, aguardando ansiosamente pela entrada efetiva. A partir das relações de poder envolvidas na negociação do acesso ao terreno, entre o investigador e os sujeitos da pesquisa, tenciono refletir sobre a dependência metodológica sentida no desencadear desta série de constrangimentos externos que adiaram a minha ida para campo. Neste sentido, busco refletir sobre como as situações com as quais tenho sido confrontada, possibilitam não só conhecimento sobre o objeto de pesquisa, como também colocam a descoberto a sua vulnerabilidade e a do investigador. CR - Copyright; 2021 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -